Faz tempo que não apareço por aqui.
Estava sem tempo e sem inspiração.
Na verdade queria escrever sobre meu pai, que nos deixou em 31 de outubro passado, mas a tristeza me impediu de abrir o coração.
Sempre senti sua falta, uma vez que ele já não vivia conosco há algum tempo e, sinceramente, nunca foi um pai muito presente. Tenho poucas lembranças de momentos legais com ele em minha infância. Pouquíssimos momentos.
Mas isso nunca diminuiu o sentimento que tinha e ainda tenho por ele.
Amava meu corôa. Com seus defeitos e manias, eu amava. Queria ter passado mais tempo com ele, mas não houve meios para isso.
Quando saiu de casa para viver com outra mulher vei sobre mim um sentimento muito forte de mágoa, que só foi curada quando passei pelo Encontro com Deus. Não curada por completo, mas foi o início de um processo de cura que culminou mais ou menos um ano antes de seu falecimento.
É certo que o nascimento de meu irmãozinho contribuiu muito para esse processo, mas, graças a Deus, consegui limpar meu coração e reconstruir o relacionamento com ele. Não da forma como eu desejava, mas foi um grande começo.
Não quero ficar remoendo o passado, mas quero pensar que, no grande dia, quando o Senhor me chamar para a glória, encontrarei com ele lá, me esperando, junto com meu sogrão. Tenho certeza que ele recebeu Jesus como seu único e suficiente Salvador. Bem no finzinho, mas recebeu a graça da salvação.
É, meu velho, prossigo para o alvo na esperança de te encontrar para um novo abraço e viver aquilo que, aqui na terra, não foi possível.
Deus nos abençoe.
